
- Um estudo descobriu que a exposição a ruídos altos (85–100 decibéis) por apenas uma hora por dia acelera a neurodegeneração em ratos propensos à doença de Parkinson, causando disfunção motora semelhante à progressão da doença em humanos.
- A exposição crônica ao ruído ativa uma via neural entre o colículo inferior (CI), responsável pelo processamento do som, e a substância negra pars compacta (SNc), produtora de dopamina, matando neurônios dopaminérgicos — um efeito semelhante ao observado na doença de Parkinson.
- A exposição ao ruído reduz a VMAT2, uma proteína crucial para o armazenamento de dopamina, tornando os neurônios mais vulneráveis. O aumento artificial da VMAT2 reverteu os danos, sugerindo uma possível via de tratamento.
- Juntamente com pesticidas, alimentos processados e poluição do ar, a poluição sonora é agora um fator de risco confirmado, contribuindo para o aumento dos casos de doença de Parkinson — com projeção de aumento de 50% até 2030.
- A proteção proativa inclui a desintoxicação de pesticidas/metais pesados; evitar alimentos processados (associados ao desenvolvimento precoce da doença de Parkinson); reduzir a exposição ao ruído (proteção auricular); e aumentar a ingestão de nutrientes que auxiliam o VMAT2 (cúrcuma, ômega-3, NAC).
Em um estudo inovador publicado na PLOS Biology , pesquisadores descobriram uma ligação preocupante entre a poluição sonora e a progressão da doença de Parkinson (DP).
Os resultados sugerem que a exposição a ruídos altos – mesmo que por apenas uma hora por dia – pode agravar a disfunção motora e acelerar a neurodegeneração em indivíduos predispostos à doença.
Essa descoberta soma-se às crescentes evidências de que toxinas ambientais, incluindo pesticidas, alimentos processados e agora a poluição sonora, desempenham um papel significativo no aumento da prevalência de distúrbios neurológicos.
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta o movimento, a coordenação e o equilíbrio. Ela é caracterizada pela perda de neurônios produtores de dopamina na substância negra, uma região do mesencéfalo, levando a uma deficiência nos níveis de dopamina no cérebro. A dopamina é um neurotransmissor que desempenha um papel crucial na regulação do movimento, do humor e das funções cognitivas.
Cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, em Wuhan, na China, realizaram experimentos com ratos geneticamente modificados para apresentarem um estágio inicial da doença de Parkinson. Os ratos, que ainda não haviam desenvolvido sintomas, foram expostos a níveis de ruído entre 85 e 100 decibéis — o equivalente ao som de um cortador de grama ou liquidificador.
Após apenas uma hora de exposição, os ratos apresentaram movimentos lentos e equilíbrio reduzido, sintomas característicos da doença de Parkinson. Embora tenham apresentado recuperação temporária, a exposição repetida ao longo de sete dias levou a déficits motores crônicos, espelhando a progressão irreversível observada em pacientes humanos.
O estudo identificou uma via neural crítica que conecta o colículo inferior (CI), responsável pelo processamento do som, à substância negra pars compacta (SNc), uma região cerebral produtora de dopamina gravemente afetada na doença de Parkinson. A ativação crônica dessa via devido à exposição ao ruído levou à morte de células produtoras de dopamina, exacerbando os distúrbios de movimento.
Os pesquisadores afirmaram: “Foi particularmente fascinante observar como o ruído ambiental induziu a neurodegeneração dopaminérgica e os déficits motores, oferecendo novas perspectivas sobre os fatores de risco não genéticos para a doença de Parkinson.”
O estudo também descobriu que o aumento da proteína VMAT2 pode reverter os danos.
O estudo também descobriu que a exposição ao ruído reduziu os níveis do transportador vesicular de monoamina 2 (VMAT2), uma proteína essencial para o armazenamento de dopamina nos neurônios. Níveis mais baixos de VMAT2 tornam os neurônios dopaminérgicos mais vulneráveis a danos, acelerando a neurodegeneração. De forma encorajadora, o aumento artificial do VMAT2 reverteu os efeitos nocivos da exposição ao ruído, sugerindo um potencial alvo terapêutico para futuros tratamentos da doença de Parkinson.
A doença de Parkinson afeta um milhão de americanos, com projeções de aumento de 50% nos diagnósticos até 2030. Enquanto a indústria farmacêutica promove medicamentos de reposição de dopamina, como a levodopa, este estudo destaca como as toxinas ambientais – e não apenas a genética – estão impulsionando a epidemia.
Pesquisas anteriores associaram a doença de Parkinson a:
- Pesticidas (glifosato, paraquat)
- Alimentos ultraprocessados (que danificam os neurônios de dopamina)
- Poluição do ar (PM2,5 aumenta o risco em 36%)
Agora, a poluição sonora entra para a lista de fatores de risco evitáveis. Mas, em vez de esperar que os sintomas piorem, as pessoas podem tomar medidas proativas para proteger os neurônios dopaminérgicos:
- Desintoxique-se de pesticidas e metais pesados.
- Evite alimentos processados (associados a sintomas precoces da doença de Parkinson).
- Reduza a exposição ao ruído (use proteção auricular em ambientes ruidosos).
- Aumente a ingestão de nutrientes que favorecem o VMAT2 (cúrcuma, ômega-3, NAC).
Este estudo destaca os perigos dos impactos ambientais na saúde neurológica – sejam eles causados por pesticidas, alimentos processados ou poluição sonora. Com o aumento dos casos de Parkinson, fica evidente que a poluição corporativa e a negligência regulatória estão acelerando a neurodegeneração. Por ora, a prevenção natural continua sendo a melhor defesa contra uma doença que a indústria farmacêutica não conseguiu curar.
Kevin Hughes
As fontes incluem:
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